quinta-feira, 6 de março de 2014

Do idealismo poético - por Joaquim Moncks

DO IDEALISMO POÉTICO

Joaquim Moncks (*)

Nelson Fachinelli, o idealizador das Casas do Poeta, no Brasil, foi um dos maiores líricos que tive a oportunidade de conhecer em 29 anos de Poesia: foi o tempo de nossa convivência no associativismo. Era um humano ser dedicado à recriação da vida através do fenômeno intuitivo do poético. Entendia que a Poética poderia unir todas as pessoas em torno do Belo. O Amor era palavra mágica em sua boca e em suas ações. Dos setenta anos em que conviveu neste plano, trabalhou desde os vinte e cinco para instalar a Poesia também como o "território dos excluídos sociais". Acreditava que era possível viver sob os domínios do sonho e da fantasia. E trazer a felicidade na algibeira: uma rosa na mão ou um cravo vermelho na lapela. As entidades fundadas por ele: Casa do Poeta Latino-Americano – CAPOLAT, Casa do Poeta Brasileiro – POEBRAS e a Casa do Poeta Rio-Grandense – CAPORI, desde 24/07/1964 até a sua morte em 26/04/2006 – chegando aos dias atuais sob a batuta de novos dirigentes – são trincheiras de luta e de amor à Confraternidade, na contramão do aviltante individualismo do lugar comum da vida: pessoas somente preocupadas com a mídia, o sucesso e o dinheiro e da globalização que mascara o rosto das cidades, proscrevendo os regionalismos. É importante não esquecer o fundador Fachinelli, este ícone de permanente olhar ao semelhante e de amorosa entrega à palavra poética. Escritores-poetas de todos os matizes: mais do que nunca é necessário que empunhemos a sua clava genuína: UNAMO-NOS PELA POESIA!

Passo de Torres/SC, 02 de março de 2014.

(*) Joaquim Moncks é o atual Coordenador Executivo da POEBRAS Nacional.

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